O ICE já deportou seis das mulheres que relataram terem sido submetidas a procedimentos ginecológicos invasivos e desnecessários em um centro de detenção de imigração na Geórgia, relatou a Associated Press.
Os advogados das reclamantes dizem que o governo continua tentando deportar outras mulheres implicadas que relataram o que aconteceu no condado de Irwin, Geórgia. Elas receberam uma notificação de que poderiam em breve ser expulsas do país.
De acordo com um relatório recente do Los Angeles Times, o número de migrantes que relataram ter sido vítimas dessas práticas abusivas contrárias à sua capacidade reprodutiva foi de pelo menos 19 mulheres, principalmente negras e latinas.
Segundo os depoimentos citados pela AP, uma das imigrantes disse que o ICE havia anunciado a sua expulsão era “iminente”. Ela assinou seus papéis de deportação, mas foi devolvida ao centro de detenção, a pedido de seus advogados.
Uma das deportadas voltou para a Jamaica, país de onde saiu com apenas 5 anos, afirmou recentemente que ainda não sabia a magnitude do procedimento médico a que foi submetida, visto que não pôde fazer um exame médico.
“O ICE está destruindo as evidências necessárias para esta investigação”, afirmou Elora Mukherjee, professora de direito na Universidade de Columbia, que trabalha com várias dessas mulheres.
Já há 19 mulheres que relataram terem sido submetidas a abuso médico em um centro de imigrantes na Geórgia. Na maioria dos casos, elas alegam não ter recebido informação sobre este procedimento, nem os motivos da sua realização e, claro, também não foi oferecida qualquer alternativa, segundo as denúncias.