Um tribunal de apelações reverteu, nesta segunda-feira, a ordem de um juiz que preservava o Status de Proteção Temporária (TPS) para mais de 300 mil imigrantes de quatro países. Portanto, a Administração Trump está de portas abertas para processar milhares de deportações.
Em uma votação dividida, o painel de três juízes concluiu que um juiz federal da Califórnia exagerou ao estender a proteção temporária, que concedeu autorizações de trabalho temporário a imigrantes de El Salvador, Haiti, Honduras, Nepal, Nicarágua e Sudão.
A decisão dá ao Departamento de Segurança Interna “discrição total e irreversível” sobre a aplicação do TPS.
Além disso, o painel concluiu que os imigrantes, alguns dos quais moram nos Estados Unidos há mais de uma década, não forneceram evidências suficientes de que a decisão de deportação tinha intenções racistas.
A decisão também afeta mais de 200 mil crianças nascidas nos Estados Unidos, filhos de imigrantes. Sem o TPS, a única maneira de permanecer no país é encontrando uma forma de legalizar seu status.
Aprovado pelo Congresso na década de 1990, o TPS protege contra deportação e permite que, imigrantes sem documentos cujos países de origem foram afetados por conflitos civis ou desastres naturais, vivam e trabalhem no país.
Por décadas, os Estados Unidos renovaram automaticamente o TPS, mas Trump decidiu encerrar algumas dessas licenças. Em janeiro de 2018, retirou o status de quase 200 mil salvadorenhos, depois de fazer o mesmo com cerca de 60 mil haitianos, 5 mil nicaraguenses e 56 mil hondurenhos.