Com o objetivo declarado de erradicar a fraude de imigração, o Departamento de Segurança Interna (DHS) vai coletar amostras de DNA e outros dados biométricos de mais de 6 milhões de solicitantes de visto por ano, em um esforço que nem mesmo perdoará crianças ou cidadãos americanos que patrocinam membros da família.
Uma vez implementado, isto afetará todos os requerentes de visto de reunificação familiar e green card.
Especificamente, a regulamentação publicada no diário oficial americano amplia drasticamente a categoria de quem estaria sujeito à medida; o tipo de dados biométricos necessários (inclui teste de DNA, registro de voz e leitura de íris e rosto); e com que freqüência eles devem entregá-los.
O regulamento, que foi rejeitado por grupos pró-imigrantes, se aplicará a “todo solicitante, patrocinador, beneficiário ou indivíduo” que iniciar um processo de imigração – antes que fosse apenas para determinados benefícios -, e até mesmo para cidadãos americanos e independentemente da idade, indica o documento com mais de 300 páginas.
A medida faz parte da série de políticas que o governo Trump adota desde 2017 para restringir a imigração legal com o objetivo de proteger a segurança nacional e foi publicada em meio a uma acirrada disputa eleitoral.
Atualmente, o Serviço de Cidadania e Imigração (USCIS) já coleta informações biométricas de 3,9 milhões de solicitantes de visto; Com a nova regulamentação, o valor anual aumentaria para 6,1 milhões.
Assim, o DHS espera aumentar a coleta de dados de 46% hoje para 71,2% dos requerentes.
O regulamento se aplicaria tanto a crianças quanto a cidadãos americanos que apresentassem petições a seus parentes com a ideia de verificar o parentesco dos candidatos.
No caso das crianças, o DHS explicou que o regulamento vai permitir travar a fraude de pessoas que se passam por seus pais para conseguir a sua rápida libertação e que, segundo o Governo, é algo que os coiotes aproveitam ao máximo na fronteira sul.
A medida também afetará refugiados ou requerentes de asilo, requerentes de cidadania, vítimas de violência doméstica e tráfico de pessoas, trabalhadores religiosos ou estrangeiros que entram nos Estados Unidos com visto de trabalho.