Após o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) recomendar a suspensão do Campeonato Paulista, representantes da Federação Paulista de Futebol (FPF), do MP e do governo do estado se reuniram nesta quarta-feira, virtualmente, chegaram a decidir seguir com a os jogos por pelo menos mais uma semana. Mas, no dia seguinte, o governo do estado decretou emergência, paralisando a competição.
Nesta terça-feira, o MP recomendou a suspensão de todos os eventos esportivos no estado devido à pandemia de coronavírus.
Em nota, a FPF se disse contra a paralisação do Estadual e, por meio do seu comitê médico, apresentou motivos pelos quais acredita que o futebol não representa risco mediante o agravamento da situação da pandemia.
A federação alega que os protocolos acordados entre clubes e governo estão sendo estritamente seguidos, que não há argumento científico que comprove a alegação de que o futebol profissional potencialize o número de casos e que, sobretudo, o esporte pode e tem sido uma ferramenta de conscientização da população no combate ao novo coronavírus.
No entanto, com o avanço do número de infectados, de mortes e a falta de leitos de UTI no Brasil, o Paulistão se junta a outros três campeonatos estaduais foram paralisados: o de Santa Catarina, do Paraná e do Acre. Já no Cearense, jogos com sede na capital do estado estão proibidos de acontecer.
Em 2020, o congelamento do Paulistão durou quatro meses (de 16 de março a 22 de julho) e afetou o calendário dos times e federações.