Os Estados Unidos começaram a aplicar nesta segunda (21) a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica Moderna, após ela ser aprovada para uso emergencial no país. Uma enfermeira de Connecticut estava entre as primeiras a receber o imunizante. No mesmo dia, o presidente eleito Joe Biden ganhou a primeira dose da vacina da Pfizer/BioNTech.
Segundo dados divulgados pela agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA (FDA, da sigla em inglês), o imunizante da Moderna tem 94% de eficácia, após revisão dos resultados da última fase de testes.
O governo americano e a empresa já acordaram a compra de 200 milhões de doses, sendo 125 milhões até o primeiro trimestre de 2021. Os EUA também já encomendaram mais 100 milhões de doses da vacina da Pfizer/BionTech. O país é o mais atingido pela Covid-19, com quase 18 milhões de casos e mais de 318 mil mortes em decorrência da doença, conforme levantamento da Universidade de Johns Hopkins.
A vacina da Moderna é aplicada em duas doses e mais fácil de manusear do que a vacina da Pfizer por não depender de um armazenamento a temperaturas muito baixas. As doses podem ser mantidas em refrigeradores comuns (em torno de -20ºC), enquanto as da concorrente dependem de aparelhos especiais e mais caros, a cerca de -75ºC.
O imunizante da farmacêutica americana usa o RNA mensageiro do coronavírus, o que significa que parte do seu código genético do é injetado em nosso corpo. Já no organismo, ele induz à produção de proteínas virais, conhecidas como “spike”, suficientes para provocar uma resposta do sistema imunológico. A partir daí, criam-se anticorpos e ativam-se as chamadas células T, para atacar as demais infectadas.
De acordo com a última revisão dos testes, os efeitos colaterais como febre, dor de cabeça e fadiga foram desagradáveis, mas não perigosos. O ensaio clínico reuniu 30 mil voluntários saudáveis e maiores de 18 anos.