Calcanhar de aquiles do início de mandato do presidente dos EUA, Joe Biden, a fronteira com o México vem sofrendo fortemente com a crise de segurança. Diante do grave problema, o órgão responsável pelo patrulhamento da região (CBP) libertou cerca de 150 requerentes de asilo a seu próprio critério, sem dar a eles uma data para comparecer a um tribunal de imigração, de acordo com o site de informações Axios.
A Patrulha de Fronteira estava abrigando cerca de 5.100 migrantes sob custódia até este domingo no setor do Vale do Rio Grande, no Texas, segundo o congressista democrata Henry Cuellar. Por medidas de precaução para a pandemia de COVID-19, esse número deve ficar em torno de 700.
Os agentes receberam neste sábado um guia que os autoriza a decidir pela libertação de alguns migrantes sem aviso prévio para comparecer no tribunal, segundo fonte a par da medida.
Famílias migrantes e adultos são geralmente encaminhados para o Immigration and Customs Enforcement (ICE) para determinar onde eles serão detidos ou liberados.
Uma delegação do governo americano está no México e, depois, seguirá para a Guatemala para tentar chegar a acordos para aliviar essa pressão migratória nos Estados Unidos.
O objetivo da viagem é “desenvolver um plano de ação eficaz e humano para gerenciar a migração” principalmente do Triângulo Norte da América Central, segundo um comunicado do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
“Vamos tratar das raízes que geram a migração: expandir as oportunidades econômicas e combater a insegurança”, diz o comunicado.

Os encontros no México acontecerão nesta terça-feira e contarão com a presença da coordenadora de fronteira sul da Casa Branca, Roberta Jacobson; o responsável pela América Latina e Caribe no NSC, Juan González; e o enviado especial para o Triângulo Norte da América Central, Ricardo Zúñiga.
A questão da fronteira é primordial para que um projeto de reforma imigratória abrangente avance no Congresso.