Foi no limite. Mesmo perdendo para o São Paulo por 2 a 1, no Morumbi, o Rubro-Negro contou com o tropeço do Inter para conquistar o octacampeonato brasileiro, numa quinta-feira com muita tensão, mas com festa no final, graças a um ponto de diferença na tabela: 71 x 70.
Drama, muito drama e coloca um pouco mais de drama. Os jogadores rubro-negros só puderam soltar o grito de campeão, após uma revisão de um gol que daria o título ao Colorado, no finzinho do jogo. Por centímetros, Edenílson estava um pouco adiantado, o suficiente para invalidar aquele que seria o lance do campeonato para a equipe gaúcha.
No Morumbi, enquanto um time lutava pelo título, o outro buscava amarrar o jogo. Com o sistema de três zagueiros, o São Paulo segurou o adversário no primeiro tempo. Apesar do volume, o Flamengo não ofereceu muito perigo ao goleiro tricolor. Foram poucas as chances reais criadas.
Já o São Paulo, na única finalização em toda a primeira etapa, conseguiu abrir o placar, numa cobrança de falta de Luciano, quando a partida se encaminhava para o intervalo. Um prejuízo que o Flamengo não contava.
Era preciso mudar a atitude no segundo tempo. Apesar da desvantagem no Morumbi, o resultado ainda salvava o Rubro-Negro, com o Inter empatando com o Corinthians, no Beira-Rio. O time não poderia brincar com a sorte, mas brincou.

Logo após Bruno Henrique empatar completando de cabeça uma cobrança de escanteio, o Flamengo parecia disposto a entregar de mão beijada o título para o Inter. Numa rifada de bola do goleiro Hugo, Daniel Alves conseguiu interceptar e encontrou Pablo para tocar com facilidade para o fundo da rede.
Mais uma falha incrível, a marca deste time rubro-negro durante todo o campeonato.
Longe de ser uma campanha inesquecível. O Flamengo tem um elenco que sobra em relação aos adversários. Mas não foi o que se viu ao longo de todo o campeonato. A liderança só chegou na penúltima rodada, e a temporada coroada com um título que quase escorregou pelos dedos. Sorte de campeão. Literalmente!
